THE CLAN: Episódio 04

...

Um impacto brusco foi ouvido no quintal. As bruxas notaram que o dia já estava indo embora e algo estava perturbando a parta de baixo da casa. Lizzie resolveu verificar o problema por completo, pois os barulhos já estavam causando incômodo entre elas. Quando abriu a porta com cuidado, notou que algo não estava certo e não, em hipótese alguma, poderia estar.

            O quintal estava repleto de pessoas. Estavam todas fantasiadas com roupas de Halloween e segurando bolsas de doces. A primeira impressão de Lizzie foi estranhar a situação, pois o Halloween só iria acontecer após uma semana. Em segundo, percebeu que eles estavam destruindo todas as plantas e os utensílios do jardim.

            Eis que um grande erro foi feito. A bruxa ergueu uma de suas mãos e gritou: “EI! O que vocês pensam que estão fazendo? Essa casa tem donas, e pode crer que são as piores donas com quem vocês mexeram!”. As pessoas pararam, e viraram lentamente seus olhares para Lizzie. O susto foi tão grande que a bruxa, antes corajosa, caiu no chão com força e sua expressão começou a denunciar seu tremendo pânico. Tudo isso porque notou a ausência de globos oculares nas pessoas.

            Suas expressões eram tremendamente vazias e assustadoras. Em suas bochechas existam, escritos com tintura preta, o símbolo de algum clã desconhecido. Lizzie gritou pelas irmãs. Infelizmente, Raven havia saído no momento em que o acontecimento havia desencadeado, por isso não sabia de nada e nem seria capaz de ajuda-las. Junto com ela, Jubileu também foi. As duas estavam resolvendo problemas desconhecidos pelas outras.

            Tiffany saiu com muita rapidez. Olhando para as criaturas, tentou analisar suas mentes, mas falhou. Com uma expressão semelhante a de Lizzie, falou: “Essas coisas não têm alma! O que são essas criaturas?”. Correu sem cansar para dentro da casa, arrastando sua companheira que permanecia perplexa, caída no chão.

            Ninfa não sabia o que fazer, suas situações de trabalho giravam em torno da vida e da morte, mas essas criaturas nem pareciam estar vivas e muito menos pareciam estar mortas. As dificuldades eram tremendamente assustadoras, causavam medo até nas donas do medo. Jeniffer não conseguia raciocinar ao certo, mas já tinha experiência com fantoches humanos. Em seu resgate, as bruxas haviam forjado inúmeros deles para simular uma casa assombrada. Enfim, a história era longa, mas a recém-achada bruxa sabia como prosseguir.

            Abriu a despensa da casa e encontrou algumas espadas antigas da casa centenária, provavelmente de algum antigo colecionador. Entregou uma a cada bruxa e, por fim, segurou uma katana enorme que também estava guardada no interior do armário. Empurrou a porta e ambas saíram matando todos, um a um. Assim que a cabeça de uma criatura era cortada, seu corpo virava pó, impressionantemente.

            Após sucessivas mortes, alguém chegou. Ele era maior, suas roupas eram representativas de um vampiro, o drácula, mais precisamente. Quando tentou matar a criatura, Lizzie foi jogada longe. Tiffany sentiu o aviso de imediato, suas pálpebras tremeram, mas ela conseguiu falar: “Essas criaturas parecem ser ‘um aviso’, posso ler isso na cabeça dessa coisa. Aquelas bruxas os enviaram!     “.

            Logo que revelou a situação, a criatura acertou a bruxa em suas partes inferiores, o que a fez cair com a cara no chão. O sangue escorria abundantemente de seu nariz. Jeniffer foi tomada pela ira imediatamente ao ver que sua irmã havia sido tremendamente machucada e poderia estar morta. Ao virar-se, a criatura sentiu um crocodilo mordendo sua perna. Ninfa havia reanimado um crocodilo que havia sido morto e estava alojado na casa das bruxas para ser usado na fabricação de bolsas e essências, erroneamente chamadas de poções.

            A ira de Jeniffer foi tamanha que, ao erguer suas mãos, seus olhos mudaram, Ninfa sentiu grande poder que só poderia se comparar ao de Raven, uma das mais poderosas patronas. O monstro uivou de dor e de desfez em puro pó. Até mesmo o crocodilo e Ninfa foram jogados contra os muros da casa. Algo espantoso se fez naquele momento. As bruxas puderam ver, ao longe, as animagas enfraquecidas que haviam causado o impacto. O rosto de Jeniffer mostrava toda sua raiva para com elas.

            Ninfa curou Tiffany rapidamente, para que elas pudessem se reunir na sala. Raven entrou rapidamente na sala: “Minhas irmãs, me digam o que aconteceu aqui! Eu senti algo muito esquisito, pareciam que estavam em perigo. Quando cheguei e vi o jardim totalmente deformado e destruído, me desesperei!”. Tiffany sinalizou que estava tudo bem com suas mãos e seu olhar. As roupas das meninas estavam sujas de pó e sangue, estavam sinalizando grandes sinais de guerra.

            Raven apresentou o motivo de sua saída. Dois novos bruxos para o clã. Bee, uma moça delicada com cabelos encaracolados e pele escura, tão graciosa quanto os cisnes negros. Logo ao seu lado, Green se aproximava. Era um rapaz formoso, atlético e aparentemente muito poderoso. As meninas sorriram, novos companheiros, mas noventa por cento dos sorrisos se deram por um deles ser um homem acima da média.