...
As crianças da frente
estavam sentadas na calçada em seu divertimento. Lizzie, uma das meninas estava
a observar de longe. Suas roupas eram escuras e seus cabelos estavam presos em
um penteado clássico. Sua idade era de, aparentemente, doze anos. Luana, que
costumava ser uma menina divertida e amigável, aproximou-se da criança
excluída. Exclamou palavras animadas e puxou seu braço para conduzi-la até a
roda de amigos.
A expressão de Lizzie, no entanto, denunciava sua raiva
em ter sido convidada. Enquanto Luana tentava leva-la até seus amigos, Lizzie
ergueu sua mão para frente, como se estivesse empurrando o ar. Incrivelmente,
logo após o movimento estranho da garota, Luana foi jogada a uma velocidade
impressionante contra uma grande árvore localizada perto do lugar. As crianças
arregalaram seus olhos para Lizzie. Ela sorriu.
Ao longe, de dentro da casa das estranhas moças do clã
secreto, saiu outra mulher. Cabelos ondulados e longos mostravam sua beleza. Seu
nome era Ninfa. Ela sinalizou para Lizzie e a mesma apenas caminhou na direção
da casa sem pronunciar uma palavra. As duas entraram e fecharam a porta com uma
força enorme. As crianças continuaram perplexas paradas no canto onde estavam,
trocando olhares de espanto, admiração e preocupação com a amiga Luana, que
continuava desacordada perto da árvore onde fora, sobrenaturalmente, lançada.
...
Raven passou longos minutos olhando nos olhos de Lizzie.
Finalmente, a mulher conseguiu respirar. Reuniu todas as meninas. Olhou para
cada uma e falou: “Eu sou a Patrona deste
clã. Mais profissionalismo, queridas irmãs. Não quero fogueiras, tochas ou lanças
cercando nosso lar. Sabe da notícia que tive há uma semana? Uma moça foi
queimada viva no sul da cidade. Não sabem ao certo o porquê, mas é como se
fosse Salem de novo. Não quero nenhum tipo de exposição.”.
Lizzie baixou a cabeça e demonstrou profunda tristeza.
Expor-se em pleno plano de vingança parecia ser algo não muito proveitoso. O
espaço e o número de bruxas e bruxos no mundo estavam diminuindo mais e mais a
cada dia. Além dos genes de dons serem suprimidos e excluídos através das
gerações, os massacres em interiores por parte de crenças antibruxas voltaram com
força total. Raven podia visualizar os gritos de horror em Salem na era da
escuridão. Milhares de pessoas inocentemente queimadas em uma fogueira, para
que nenhum dom de ressureição ou cura fosse capaz de reanimar as pobres vítimas
das pessoas iradas.
Jubileu concordou. Ela tinha um dom especial, onde podia
causar dor apenas com seu toque. Entre suas parceiras, era conhecida como ‘Viúva
Negra’. A segunda a sinalizar um “Sim” com a cabeça foi Tiffany, com suas habilidades
extraordinárias de vidência avançada e controle mental. Logo após ela, a bruxa
chamada Ninfa, com um poder incrível de penetrar no cantinho entre a morte e a
vida, promovendo curas e reanimações, afirmou que essa era a melhor alternativa
sem nenhuma sombra de dúvida.
Jeniffer era a mais nova na convenção. Fora selecionada e
resgatada de um grupo de jornalistas em uma casa abandonada. Tinha, como todas,
habilidades telecinéticas e uma fraca pirocinese que clamara por controle e
crescimento. Ela já conseguia entender sua forma de agir, mas a motivação ainda
estava oculta. O que elas estavam buscando exatamente naquela cidade? Jeniffer
não estava entendendo, mas ainda conseguia ouvir rumores entre as garotas de um
clã inimigo próximo.
Nada
era oculto entre o corpo da convenção, mas nas vezes em que o assunto tinha
sido comentado, Jeniffer continuou desatenta e não conseguia mais assimilar o
que estava acontecendo. Sua vontade de perguntar mais uma vez era suprimida por
seu desejo obscuro de buscar a unidade com o grupo. Ela desejava chacina. Ela
deseja ser o que uma bruxa de fato é.
Amei vem 3°ep❤️😍😍👏
ResponderExcluirToda segunda <3
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