5 de agosto de 2016

Creepypasta: The Hill

O rio corria como uma música suave que penetrava carinhosamente em nossos ouvidos promovendo paz. Desde pequenos nossos pais nos diziam para ficarmos longe daquela colina enorme, mas como crianças teimosas sempre tentávamos chegar perto e o máximo que conseguíamos era até esse tão gracioso rio. Patinhos, peixes coloridos e animais de pequeno porte eram algumas das muitas criaturas que poderíamos encontrar. Mas como muitos idosos dizem, a magia só existe durante a infância. Estava um pouco abalado com aquilo. Meu irmão depois de adulto e depois da morte de mamãe e papai, resolveu ir até a colina, uma ideia inocente no princípio, mas o problema foi que ele não voltou mais. Passaram-se seis dias após a ida dele até a colina e eu estava muito preocupado, mas tranquilo por saber que meu irmãozinho sabia se cuidar muito bem, mesmo assim o correto naquele momento era esperar a polícia chegar para que eu pudesse relatar o que teria ocorrido naquele dia, mas eles não puderam fazer nada! Simplesmente saíram lamentando a minha perda, mesmo sem terem procurado. Jack, um dos policiais prometeu-me que secretamente iria procurar meu irmão. Foi aí que eu tomei a decisão mais errada da minha vida... Eu decidi sair para procurar meu irmão naquela hora mesmo, justamente pelo horário da noite.

Juntei em minha cozinha alguns objetos e algumas comidas nas quais poderia precisar durante a viajem, coloquei tudo dentro de uma bolsa e saí deixando a casa trancada com a chave debaixo do tapete. Olhei fixamente para aquele lugar macabro e escuro e então comecei a subir a colina... Cada passo que era realizado por mim era como se eu estivesse aumentando o nível do ar condicionado, e mais na frente parecia que eu havia comprado passagens e agora estava no polo norte. O frio e a escuridão eram as únicas coisas presentes naquele momento, minha lanterna não queria ligar. Ouvi muitos latinos distantes, em minha cabeça passavam-se muitas teorias sobre o que poderia ser aquilo, menos isso... A minha lanterna finalmente ligou, mas naquele momento eu preferi que ela continuasse apagada. Consegui ver um imenso cachorro ou um animal humanoide de olhos vermelhos olhando fixamente para mim usando uma capa preta, simplesmente olhando e lambendo seus lábios que escorriam sangue! Ele segurava... Aquilo segurava meu irmão morto em uma mão e o pobre policial Jack também morto na outra! Eu apenas tive força para perguntar chorando: Qual é o seu nome criatura? E ele friamente cuspindo um dedo humano de sua boca falou: Sou o Bicho papão... Hahaha... 

Agora nesse momento estou deitado em cima de minha cama e ele está debaixo dela em um jogo doentio que também brincávamos quando eu era criança e não fazia ideia. Lembro de quantas vezes, quando eu era criança, ele brincava comigo me causando medo e não me deixando dormir em paz, lembro daquela presença que existia debaixo da minha cama. Ele desceu das colinas para me encontrar e para que pudéssemos brincar outra vez, e ele sussurrou em meu ouvido que também quer brincar com você...


Esta carta foi encontrada pela polícia dentro da casa de Bill, em cima de seu corpo esquartejado e amarrado sobre sua cama, o assassino não foi identificado.



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